quarta-feira, 7 de maio de 2008

O cheiro que só eu sei

Em um lugar qualquer noite afora,
Sentimento de redenção aflora.
Olhando pro nada,
Sensação de asas preparadas,
Pronta para voar e se apenas tivesse asas voaria,
Se você estivesse comigo, voaria.
Pena que não tenho asas e estou contido,
Pena que não esta comigo.
Com o nada um anseio de liberdade,
Na mesma noite derrepente uma saudade.
De seus beijos que tive,
Dos momentos em que não me contive.
Da hora errada que me precipitei,
Desde então viajei.
No barulho da chuva,
No cheiro da uva.
No cheiro da erva que só eu sei.
E a toda hora você não sai da minha mente,
E a toda hora em que eu andava livremente.
Nos sonhos, na brisa,
Na terra, na lua que me avisa,
É você quem se aproxima.
Trazida por uma forte energia carregada de sentimento,
Flutuando junto ao vento.
Sobre as nuvens, sobre uma chuva fraca,
Já é de madrugada.
As gotas que caiam eu não ouço mais, por um instante só ouço você.
Desta vez não pode acontecer.
Mas como em todas às vezes, o mesmo vento que a trouxe faz você desaparecer.
E volto ouvir as gotas caindo,
E volto a lembrar que minhas asas não estão prontas ainda,
E que essas ilusões só me fazem lembrar o quanto você é linda.
O quanto me perturba,
O quanto me inspira,
Seus olhos, sua boca e o seu cheiro de menina.
No som da chuva,
No cheiro da uva.
No cheiro da erva que só eu sei.
Por: Patriarca¹³

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