terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Meu medo do escuro

Aqui o escuro não me da medo, É como se eu pudesse ver através de seu segredo;
Observar sua essência fria, E fugir das sombras que a luz cria;
No escuro meus medos não me assustam, As crises não me perturbam;
O distúrbio emocional é tranqüilizado, E a agitação psicomotora brevemente controlado;
Meu medo do escuro ficou para trás e já posso enxergar por entre caminhos;
Antes escondidos, mas agora tão nítidos que meus olhos recusam as lagrimas, atribuídas as dores causadas por uma luta de esgrima;
O escuro altera a percepção de qualquer pessoa, a minha já se nega a perturbar-se por qualquer coisa,
Na penumbra da noite qualquer barulho espanta o mais covarde nem da cama se levanta,
Audaz, bravo e intrépido eu sigo atrás do som tenebroso, por um rumo obscuro e assombroso;
Aqui o escuro não me da medo, Agora sei de seus segredos,
Sei que o ruído assustador, é o meu coração pulsando sua dor.
por: Patriarca

domingo, 23 de dezembro de 2007

Ao seu lado tudo é tão perfeito

Ao seu lado tudo é tão perfeito,
O dia é lindo, e a noite de um único jeito,
Esse seu jeito, que me causa confusão,
Na mente as palavras se perdem, e tudo que é dito é sem razão,
Nunca me lembro das conversas entre a gente,
Lembro-me apenas de como me envolvia em poesia ardente,
O poeta em que me transformei,
É herança do sentimento que a ti dediquei,
Você guarda meu coração,
Revela então o segredo por trás do seu não,
A angustia de não saber o que sente por mim,
É maior por não te ver e viver a esperar acontecer algo assim,
Ao seu lado tudo tão perfeito,
Eu sou uma pessoa melhor por causa do seu jeito,
Ao seu lado o mundo não existe,
Só nós dois separado por uma linha que insiste,
Em nos manter longe um do outro,
Mesmo que o mais proximo estamos um do outro.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Diabo de mim


O cheiro de incenso no ar purifica a alma de um pecador,
A fragrância não o exime de seus vícios, nem tira a sua dor,
A maldade de seus erros por hora é esquecida,
Sua sede por orgias são traduzidas,
Como o caos de um culposo deslize contra seus princípios,
Preceitos sobre a existência descritos como ridículos,
Uma falta de senso sobre a perversão de viver perigosamente,
Imaculado o homem que vive ingenuamente,
Que não é atraído pelas tentações do prazer carnal,
Distancia-se de uma corrupção banal,
Diabo de mim que sou dependente de um frenesi insensato,
Psicótico e obsessivo, um desequilibrado lunático,
Delirando sobre um autoflagelo,
Que me liberte de meu elo,
Da parte que me liga com Deus,
Desprendo-me de qualquer vinculo, com o pai e com os filhos seus,
Também peço dispensa de um possível pacto com o coisa-ruim,
Prefiro continuar só, estou bem assim,
A verdade é que não quero ser julgado,
Meus atos não devem padecer entre o certo e o errado,
Diabo de mim que sou um libertino luxurioso,
Saboreio o pecado com um ar libidinoso,
Obra do livre arbítrio concebido pelo senhor,
Essa é minha defesa contra o julgador.


por: Patriarca

Do pó ressurgi um guerreiro

Num sábado qualquer de minha vida, saio de casa cedo para receber uma divida de um antigo emprego. Parti de trem; durante o caminho refletia sobre a semana ruim que tive que não vem ao caso (deixo para outro conto), um verdadeiro pandemônio de emoções se passava em minha mente.
Cheguei à estação em que devo descer, o coração aperta causando um suspiro de ansiedade, estava nervoso, como já disse foi uma semana ruim, a ansiedade e o nervosismo se dão porque não sei como serei recebido, já fazia mais de uma semana que havia pedido demissão. Após uma breve caminhada e três andares depois chego a minha antiga rotina, uma breve nostalgia toma conta, mas tão breve quanto veio se vai, me dirigi até a recepção que estava vazia, logo escuto o meu nome vindo de uma voz doce e suave, me viro e vejo quem era, a recepcionista que se encontrava em uma sala antes da recepção por onde passei direto sem dar muita atenção para o que acontecia nela, segui até o bebedouro, tomeis dois copos com água, afinal foram três andares, alem disso aproveitei para me acalmar, volto à recepção que permanece vazia, o dono do estabelecimento adentra a sala, trocamos algumas palavras, que não me recordo muito bem, porem sei que foram mais do que suficientes para acender uma pequena fagulha de transtorno que mais tarde se tornaria algo que fizesse deste sábado qualquer o pior dia de minha vida.
Eu já vinha de uma semana de angustia e estresse, não precisava de motivo para explodir, por dentro eu já tinha deflagrado.
Assim que saiu da recepção, não vi mais o grande empresário, segundos depois entra a recepcionista, nos cumprimentamos, ela toma seu lugar na recepção, poucas palavras, eu estava abatido, não sei se ela percebeu também nem sei se deveria, peço a moça que pegue alguns pertences meus que ficaram no local, ela sai por um instante e retorna rapidamente com os objetos em mãos, assim que me entrega, interrogo sobre meu dinheiro, pergunto se vou receber, ela afirma que sim, pergunto se receberia naquele instante, ela, sem jeito, me diz que não, daquele momento em diante o pandemônio que antes era apenas um momento de reflexão volta a dominar minha mente, sai cego, sei somente que tratei mal a recepcionista que somente trabalhava, transtornado fui embora do prédio.
Desnorteado, sentei em um bar famoso na região, pensei em algo para beber, não pedi, preferi tentar me acalmar, liguei para a recepcionista e pedi desculpas pela grosseria que acabara de cometer, a garota me desculpou e disse que me entendia. Sei que não me entendia, como pode me entender? Ela viu minhas crises de choro? Minha tristeza profunda? Ela sentiu minha angustia? Ela sabe das minhas dividas?Alias como poderia me entender se eu não me entendo.
Durante vinte anos eu achava que tinha tudo, eu realmente acreditava que era feliz, uma família que me ama e que nunca me deixou ou deixaria faltar nada materialmente ou emocionalmente, é por esta família que eu sou e é por esta família que eu tenho, conhecidos eu tenho muitos, contudo são poucos os que posso chamar de amigos, conto nos dedos de uma mão, esses eu posso chamar de irmãos e com certeza fazem parte da minha família. Eu não sei o que é amor entre homem e mulher, nunca havia encontrado alguém que me fizesse sentir algo alem de atração física, ou que apenas pudessem me inspirar em minhas poesias, quem dirá uma que me fizesse os dois, nunca se quer olhei para uma mulher e me imaginei namorando, noivando, casando e tendo filhos com a mesma, longe de eu tornar-me uma pessoa responsável nesse sentido, quem me conhece sabe disso. Sou um libertino, sou da noite como poderia me prender a alguém fantasiando envelhecer junto com essa pessoa, e o pior só com uma pessoa.
Pois bem, naquele bar, me coloquei mais uma vez a refletir sobre o que eu queria pra minha vida, quando me fiz essa pergunta, bateu um desespero tão grande que as horas passarão que nem me dei conta. Daí em diante o que eu fiz foi dominado por meus malditos pensamentos.
Volto a ligar para a recepcionista, e sem dar tempo a ela pedi que apenas me ouvisse:
- Oi, é o Rafael, não fala nada tah?
- Rafa, aonde você esta? – recepcionista (é o que me lembro dela dizer)
- Não fala nada, apenas escute. Quero dizer que você é o amor da minha vida, eu quero você junto de mim para sempre, sei que eu nunca terei você ao meu lado nessa vida, é por isso que hoje eu vou resolvê-la. Só gostaria que você soubesse disso.
Desligo o celular decido a dar um fim nos meus problemas, peço uma dose de conhaque, a primeira desce amarga, nas duas próximas já não podia mais sentir o álcool.
Liguei para minha casa, queria falar com meu pai, mas quem acaba atendendo é minha mãe, também não me lembro do teor da conversa, mas sei que a deixei chorando mais uma vez do outro lado da linha.
Na quinta dose e depois de ter deixado mais pessoas preocupadas em relação ao meu paradeiro, o celular toca, o numero é de minha casa, temo que seja novamente minha mãe, mesmo assim resolvo atender, um segundo de silencio e meu pai fala meu nome, digo onde estou e que quero que ela me encontre. Não tenho certeza do tempo, mas acho que ele chegou rápido, caminhou até mim, pude olhar nos seus olhos sofridos que eu lhe causava mais uma decepção, e pela primeira vez eu me sentia envergonhado, como me tornei uma pessoa ruim, quando isso aconteceu?
Ele insistiu para que fossemos embora, eu insisti para ficarmos, doses, muitas doses de conhaque depois, o desespero ainda não havia passado, lembro que fomos a outro bar, ele tomou algumas cervejas comigo, completamente embriagado, ainda me levou a um restaurante, possivelmente era hora de almoço, não tive vontade de comer e também não tinha mais vontade de viver.
Voltamos para casa de taxi, eu não tinha condições de voltar de trem, ao chegar a casa me deparo com minha mãe aos prantos no sofá, não conseguiu olhar nos seus olhos, tentei dar à costa, mas ela me segurou com um abraço por trás, aquele abraço só me fez sentir pior, eu não queria deixá-la daquela maneira, muito mais do que uma questão de fazer coisas erradas era não medir suas conseqüências. Livrei-me do abraço e fui para o banheiro, me despi, abri o chuveiro e me deixei entrar debaixo da água gelada, desabei a chorar, chorava descontroladamente, só parei quando a insanidade começa a controlar meu corpo, saio do chuveiro deixando-o ligado para que ninguém escutasse o que estava pra fazer, alucinadamente procuro algo, encontro uma gilete, olho para o espelho esperando por uma interrupção, a primeira tentativa é contra o pescoço, passo a gilete de fora a fora, e só consigo um arranhão, o corte não sai tão profundo, ainda no pescoço, uma segunda tentativa, o corte foi profundo, mas não chego a passar pela veia.
Um sentimento de frustração, agora imperava na minha mente, não sei por que não tentei uma terceira vez, medo de dar certo talvez, volto paro o chuveiro, lavei o sangue que escorre pela minha garganta.
Ao sair do banheiro fui direto para o meu quarto, não queria ver ninguém, ainda tonto me vesti e cai na cama, enquanto as paredes giravam, eu retornava aos poucos a lucidez, no turbilhão de idéias que passa pela minha cabeça, decido que aquele dia, aquele sábado 20 de dezembro de 2007, foi o dia em que eu morri.
Morri para renascer.
Renascer uma pessoa melhor do que eu fui e melhor do que poderia ter sido. De hoje em diante com um sonho, com objetivos, com a força e frieza de sempre. Vou viver da melhor maneira possível.
Percebi que o verdadeiro fraco é aquele que se deixa dominar por seus próprios pensamentos. Por um instante eu fui fraco e isso quase acabo comigo, fui tão fraco que cheguei a dizer eu te amo para uma recepcionista.
Eu me perdi, eu estava sozinho, sozinho eu me achei e é sozinho que vou seguir meu rumo. Assim é a vida de um guerreiro, sozinho, controlando seus pensamentos e emoções sem se abalar com doces ilusões. A vida é real e eu gosto da realidade que ela proporciona. Gosto de ver a falsidade nos olhos de quem me odeia e seu cinismo de tentar esconder a demagogia de suas palavras imorais no mundo fantasioso em que vivem forçosamente mostrando os dentes, achando que eu os comprarei como cavalos pra andarem sob mim.
Não sou desse mundo e nem ando ao seu lado, estou pelo menos a dez passos a sua frente. Não adianta correr atrás.
Do pó ressurgi um guerreiro. Eu ressurgi, e agora quero ver quem me segura!
por: Patriarca

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Onde estou?

Sinto-me preso a você, preso a um sentimento que não consigo esquecer,
Antes eu era calmo, agora ando tenso e preocupado,
Um aperto a cada respirar, desse jeito o coração pode parar,
Já parou só você não reparou,
Aqui estou, onde estou?
Se um dia me acharem, para quem me achar, peço que me liberte,
Mas se não procurarem, pelo menos olhem as poesias,
La a razão de meu desaparecimento,
Me encontro deitado, mas as paredes parecem estar em movimento,
No escuro vejo vultos, escuto vozes,
Sozinho, maníaco e agora ouvindo vozes,
Onde estão as orações?
Tento, mas não encontro possíveis reações,
Nada se mexe, meu corto esta parado,
Meu raciocínio um turbilhão, imaginando a próxima ação,
Suas algemas não têm fechadura,
Quero me livrar de minha própria loucura,
Capturar sua mão aberta em meu rosto desnorteado,
Um homem que paga sendo humilhado,
Ainda tenho vontade de sumir, de ficar sozinho,
Contudo é para preencher um papel com meu novo caminho,
Sei que nunca estou só concretamente,
É legitimo este pensar em minha mente,
É solido também a barreira que me impede de acreditar,
É como um espelho em que se pode ver, mas não se pode passar.
Onde estou? Ache-me se puder,
Vou estar na sua cabeça no lugar onde estiver,
Procure-me nos seus ideais e nas suas fantasias,
Imagine um ambiente de sua afazia,
Onde você costuma deslumbrar sua própria utopia,
Uma quimera irreal que você despeja na sua pia,
Talvez me ache por ali, num cantinho sujo,
Celebrando o encontro com mais um lugar imundo.
por: Patriarca

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Me diga o que ve

Olha pra mim e me diga o que vê,
Ilusão ou realidade, aos seus olhos quem sou pra você?
Indiferença a olhares que diferencia,
Parecer alegre o tempo todo pode ser difícil,
Ouvir julgamento precipitados é que é difícil,
Ouvir tentativas de ofensa é ridículo,
Procurar crises onde não existe é andar em círculos,
Mistificar os sentimentos esta fora de planos futuros,
Porem revelá-los é que jamais será ocorrido,
Fortalecer-me é o que fará do meu amanhecer melhor,
Entrar em estado de libertação até que me sinta melhor,
Voltar a ser impulsivo, maluco e palhaço,
Isso é realmente o que eu sou e o que eu gosto.
Agora olha pra mim e me diga o que vê,
A mentira ou a verdade, o insano ou a lucidez que há em viver.
por: Patriarca

Morena

Morena da cor que provoca,
Menina com a ginga que me sufoca
Eu gosto de olhar pra você,
Deixar você sorrir me faz enlouquecer,
Seu toque macio me acalma,
Seu beijo, mesmo que de partida, limpa minha alma,
Não sinto sua falta porque te tenho em pensamento,
Quando esta por perto ou é carregada pelo vento,
O tempo parece me segurar pra longe de ti,
Sei que nunca serás minha por isso tenho vontade de sumir,
Do céu, desceu a terra,
Anjo da pele morena, que me trouxe a guerra,
Meu coração, em paz, já não suporta,
Linda morena sua voz leve me desacorda,
Como eu estou louco de amor,
Com você morena quero a eternidade com todas as honras e louvor,
Quero-te a vida inteira,
Quero viver essa ilusão com uma continua bebedeira.
por: Patriarca

Mal Humor

Impressionante como tudo parece acontecer comigo, principalmente em lugares públicos, por exemplo, em transportes públicos. Quem tem o “privilégio” ou quem já teve, sabe que uma simples viagem pode garantir momentos hilários ao ponto de sair contando os casos como se fosse uma aventura.
Motoristas de ônibus não gostam de velhinhos, isso é uma verdade, existe uma lei que permite que os idosos entrem pela porta de trás do ônibus, pra isso basta mostrar uma carteirinha e pronto, as portas devem se abrir, mas sabemos que não é assim, o condutor faz questão de interrogar o pobre senhor, “qual a sua idade?”, “quantos cabelos branco você tem?”, “esses dentes na sua boca, são próteses ou...”. Depois da confirmação o ônibus parte com o condutor resmungando.
E quando estão com a lotação cheia? É um pesadelo!
Para que existem espelhos próximos às portas de desembarque?
Você precisa descer em um ponto e esta a dois metros da porta de desembarque, e um amontoado de pessoas a sua frente, não tem como te darem passagem, esta lotado, você age como se estivesse em uma selva de mata fechada tentando abrir passagem, enfim quando esta na escada para liberdade, o motorista fecha a porta, é para isso que servem os malditos espelhos.
Eu acredito que nos trens, os maquinistas não têm culpa, mas tenho certeza que se divertem, ao verem o entra e sai diário nos vagões.
Parece uma batalha medieval, só faltam às bandeiras, os cavalos, as espadas, os escudos e as armaduras de aço. Quando as portas do trem se abrem a luta começa. Perdem a batalha quem não consegue sair nem entrar em um dos vagões. Um dia ainda vou com uma espada bem afiada.
E por que eles colocam os números de passageiros em pé e sentados em um ônibus?
Quando não há mais lugar para sentar, pra mim já esta lotado, não preciso dos números pra me dizer isso, não fico contando quantas pessoas estão sentadas, e quando há duas pessoas em pé em seu lado, com você são três, “ah então ainda cabem mais vinte e sete”, “mas se eu me apertar só um pouquinho o motorista consegue trinta passageiros em pé”.
Mas não são somente os motoristas os vilões do transporte coletivo, nós passageiros, proporcionamos verdadeiros barracos dentro dos ônibus, pedimos caronas e muitas vezes, por conta do cansaço ou do excesso de álcool mesmo causamos situações interessantes, quem nunca passou do local onde deveria descer? Quem nunca tentou tirar um cochilo dentro do trem? E quem nunca pegou o ônibus errado?
Eu já fiz tudo isso e mais um pouco, eu já dormir, já peguei ônibus errado, e certa vez, fiz um turismo pela cidade de Diadema somente por ter passado do ponto. Eu consegui a façanha de me perder no meu próprio bairro descendo em um ponto errado (imagina o estado do cidadão).
É por isso que o álcool não combina com transporte nenhum, você dirigindo ou não. Se você dirigir embriagado pode causar um acidente, se resolve pegar um transporte pode... sei La o que pode acontecer.
por: Patriarca

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Barulho que ensurdece

O barulho que ensurdece assusta,
Testa a paciência de forma absurda,
No silencio em um quarto sem luz,
Uma vela na escuridão me conduz,
Nas palavras de um livro uma única faz sentido: destino,
Quem disse que fazemos o nosso?
Se tudo que fazemos acaba bem próximo,
Do fim, e assim, feliz é quem riu de mim,
Pura aparência, a felicidade nunca esta com quem provoca a desgraça,
Da mesma forma que veio, passa,
O caminho é apenas dois, a escolha somente uma,
Não existe sorte, erro? Assuma,
Em suma pra cada mal existe um bem maior,
O mais fácil nem sempre é o melhor,
As pedras na nossa frente,
Deixam a nossa alma mais resistente,
Espere pelo pior,
Contudo, saiba que o que esta por vir será muito melhor,
O justo continua de pé, até onde vai a minha fé?
Eternidade ou infinito?
Talvez eu vire um mito,
Aquele que não crê, pode ser o único que não vá morrer,
O barulho do silencio continua ensurdecedor,
Este som para quem é só causa muita dor,
Padecer no purgatório pode trazer desgosto e amargura,
A origem do mal abala qualquer estrutura,
Um pandemônio dentro da mente,
Um tumulto que assombra inconscientemente.
por: Patriarca

O que fez de bom e o que fez de mal?

Um guerreiro em batalha com um escudo e uma espada afiada,
Quando rasgam a sua a carne pro mundo já não é mais nada,
Sua existência chega ao término,
Seu momento como herói, quase inperceptivel por um fator externo,
Causas morte: um golpe traiçoeiro,
Destino ou sorte, já não importa pro guerreiro,
O que fez de bom e o que fez de mal?
Encontrou seu fim na ponta de um metal,
Se somente lutou a vida inteira,
A morte o buscou como uma cobra sorrateira,
Porque agora se pergunta,
“vontade de Deus ou a do seu inimigo, Em causar a dor mais profunda?",
Tantas vidas perdidas, e nesse instante um conflito pra salvar suas almas das ruinas,
Os sentidos já não respondem mais, uma oração e o ultimo pedido,
Sem tempo de ser vivido, “Que descanse em paz este pobre individuo”,
Encontrou seu fim na ponta de um metal,
O que fez de bom e o que fez de mal?
por: Patriarca

Volta pra casa

Entre o fogo e a bala vive um inocente,
Vive ou deixa viver pra espera pelo derrepente,
Comandam nossas vidas e não dão nenhum valor,
Mostram para o mundo um falso respeito e amor,
Ironizam esse povo sofrido,
Fazem com que a luta já não tenha mais sentido,
Demagogia destrói um possível sentimento,
Todo ano a esperança é trazida pelo vento,
Cobrar deveria ser o papel de cada um,
“Não to nem ai”, a resposta em dejavu,
Não deixo de me indignar com o ser humano,
Ser hipócrita, frio, que mata a si próprio ano após ano,
E o inocente que só voltava pra casa,
Não volta mais, porem talvez ganhe um par de asas,
Uma criança que voltava para casa,
Talvez ganhe um par de asas,
Não precisamos de alguém que olhe por nós,
Precisamos de alguém que faça com nós,
Sozinho nós não conseguimos,
Juntos podemos ir além por novos caminhos.
por: Patriarca

domingo, 16 de dezembro de 2007

O Chamado

O medo que causa um sonho,
A incerteza de que não temos controle sobre o nosso corpo,
Que o controle da mente é incompreensível,
E que o espírito esta sujeito a qualquer influencia terrível,
O ar que nos cerca esta sujo, poluído,
O batismo que recebemos pode não fazer mais nenhum sentido,
Já que o “chamado” poucos ouvirão em vida,
Eternidade virá, mas com o arrependimento de ter colocado o dedo na ferida,
Abençoado aquele que acredita sem ver,
Queimado na fogueira quem questionar a verdade cansado de sofrer,
Mágico ver o céu se abrindo,
Ver cavaleiros cuspindo fogo e a terra destruindo,
O apocalipse começou quando crucificaram Jesus Cristo,
Humanidade condenada desde o reinicio,
Senhores da guerra colaboram junto com os políticos,
Diferenças culturais e raciais são desculpas para o tempo perdido,
Pena que todas as gerações chegam à juventude sem perspectiva,
E quando adultos já condenam a juventude seguida,
Não há sustento na base de uma sociedade hipócrita,
A base é ruim, por isso as ramificações não serão fortes o suficiente vai chegar o dia de cai,
Não adianta se esconder, não tem pra onde fugir,
A paz que queremos só reinara após o fim, mas até La,
Buscaremos algo em que acreditar,
Após o fim um reinicio,
Tudo acaba, mas sempre retorna mais perfeito.
por: Patriarca

Perto do Fim

Ontem cheguei perto do fim,
As coisas sempre acabam assim,
Por fazer coisas erradas magoei muita gente,
Por ser egoísta meu sentido pressente,
Que por mais que faça o que é certo,
Eu nunca estarei realmente certo,
E cada vez mais perto, me encontro no fim,
Com uma angustia que acaba comigo sim,
E que aos poucos fazem desaparecer qualquer reação,
Que sempre estrago perdendo a razão,
Existe uma vontade de chorar,
Vou caindo aos poucos até o chão me parar,
Vitíma dos meus próprios pensamentos,
Em busca de um bom momento,
Em busca de um sonho qualquer,
Que me mantenha de pé,
E que me traga de volta a vontade viver,
Feliz aquele que pode dizer,
Eu te amo a quem o de verdade ama,
A noite chega e me chama,
E mais um dia se passa sem que eu diga eu te amo,
Para quem verdadeiramente eu amo,
Este é meu fim, pelo menos para o dia de hoje sim.
por: Patriarca