quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Esquina do pecado

Na esquina do pecado me perco fácil
Confissão desagradável
Entorpece a cabeça toda tentação
Variedade passo a passo sem a menor noção
Descontrolado tromba sempre contra o vento
Alucinado mas desatento
A esquina do pecado desconhece o amor
Sobra prazer,desilusão e dor
Lugar que acomoda qualquer vagabundo
Que passe por ela em qualquer parte do mundo
Segundo critério de escolha
Não aceita que vive numa bolha
Fechar os olhos para o que acontece no muro das maravilhas
Pecar com eles bem abertos sem temer a ira
E sempre que possível dobrar a esquina

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Dane-se

Dane-se o sabor amargo do amor
Dane-se a doce ilusão da dor
Dane-se se eu nunca mais amar
Dane-se eu não ter um sonho pra sonhar
Dane-se tudo
Dane-se o mundo
Dane-se a liberdade de viver
Dane-se a capacidade de obter prazer
Dane-se se ela me ignora
Dane-se o tempo
Dane-se o vento
Dane-se a morte
Dane-se a sorte
Dane-se o mar
Dane-se o ar
Dane-se o azar
Dane-se respirar
Dane-se a rima perfeita
Dane-se a poesia mal feita
Dane-se ser racional
Dane-se ser emocional
Dane-se tudo
Dane-se o mundo