quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Onde estou?

Sinto-me preso a você, preso a um sentimento que não consigo esquecer,
Antes eu era calmo, agora ando tenso e preocupado,
Um aperto a cada respirar, desse jeito o coração pode parar,
Já parou só você não reparou,
Aqui estou, onde estou?
Se um dia me acharem, para quem me achar, peço que me liberte,
Mas se não procurarem, pelo menos olhem as poesias,
La a razão de meu desaparecimento,
Me encontro deitado, mas as paredes parecem estar em movimento,
No escuro vejo vultos, escuto vozes,
Sozinho, maníaco e agora ouvindo vozes,
Onde estão as orações?
Tento, mas não encontro possíveis reações,
Nada se mexe, meu corto esta parado,
Meu raciocínio um turbilhão, imaginando a próxima ação,
Suas algemas não têm fechadura,
Quero me livrar de minha própria loucura,
Capturar sua mão aberta em meu rosto desnorteado,
Um homem que paga sendo humilhado,
Ainda tenho vontade de sumir, de ficar sozinho,
Contudo é para preencher um papel com meu novo caminho,
Sei que nunca estou só concretamente,
É legitimo este pensar em minha mente,
É solido também a barreira que me impede de acreditar,
É como um espelho em que se pode ver, mas não se pode passar.
Onde estou? Ache-me se puder,
Vou estar na sua cabeça no lugar onde estiver,
Procure-me nos seus ideais e nas suas fantasias,
Imagine um ambiente de sua afazia,
Onde você costuma deslumbrar sua própria utopia,
Uma quimera irreal que você despeja na sua pia,
Talvez me ache por ali, num cantinho sujo,
Celebrando o encontro com mais um lugar imundo.
por: Patriarca

Nenhum comentário: